
O sacramento da penitência, também conhecido como confissão dos pecados, oferece ao pecador a cura de suas misérias e libertação espiritual de suas culpas. Assim, tal realidade sagrada nasce do amor misericordioso do Coração de Jesus, que tanto ama a humanidade. Falar de confissão é falar de misericórdia!
Num tribunal civil são apresentadas as acusações de crimes e o juiz profere sentença e aplica a pena. No sacramento da penitência, os crimes também são confessados, porém mergulhados no verdadeiro arrependimento. Neste tribunal da misericórdia onde se encontra o ser humano ferido pelo pecado, só há uma sentença: a absolvição.
Quando o sacerdote pronuncia: “eu te absolvo dos teus pecados”, a palavra “eu” demonstra que é o próprio Cristo que realiza o sacramento do perdão através do ministro, ou seja, o sacerdote. Desse modo, não tenhamos medo e nem vergonha de se aproximar do amor misericordioso de Jesus que procura nos salvar.
Deixar de procurar o sacramento da confissão, é permitir que nossa alma se acorrente cada vez mais aos pecados. Por isso, é preciso firme determinação para romper com o pecado e buscar a cura no lugar certo: a confissão.
O primeiro passo para realizar uma boa confissão é a humildade em reconhecer os pecados de forma específica e não apenas genericamente. Assim, pecado a pecado reconhecido, contamos com a graça de Deus para lutar e perseverar na graça. É reconfortante saber que Deus nos resgata pelo sacramento e nos devolve a vida com Ele.
Terminamos com o seguinte parágrafo do catecismo da Igreja Católica: Toda a eficácia da Penitência consiste em nos restituir à graça de Deus e em unir-nos a Ele numa amizade perfeita. O fim e o efeito deste sacramento são, pois, a reconciliação com Deus. Naqueles que recebem o sacramento da Penitência com coração contrito e disposição religiosa, seguem-se-lhe a paz e a tranquilidade da consciência, acompanhadas duma grande consolação espiritual. Com efeito, o sacramento da reconciliação com Deus leva a uma verdadeira ressurreição espiritual, à restituição da dignidade e dos bens próprios da vida dos filhos de Deus, o mais precioso dos quais é a amizade do mesmo Deus. (Catecismo, 1468)
Padre Alex de Oliveira Nogueira